Em Tempo https://emtempo.blogfolha.uol.com.br Velhices, longevidade, superação Wed, 26 Aug 2020 17:32:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Velhos difundem mais fake news que jovens, dizem pesquisadores norte-americanos https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/13/velhos-difundem-mais-fake-news-que-jovens-dizem-pesquisadores-norte-americanos/ https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/13/velhos-difundem-mais-fake-news-que-jovens-dizem-pesquisadores-norte-americanos/#respond Thu, 13 Aug 2020 14:31:30 +0000 https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/velho-laptop.jpg https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/?p=622 Dois psicólogos da Universidade de Harvard concluíram que os velhos difundem as chamadas fake news com mais facilidade que outras faixas etárias, não apenas por conta do declínio mental que costuma acompanhar o envelhecimento, mas também por cuasa do isolamento social e da pouca intimidade com o mundo digital.

Nadia Brashier é pós-doutoranda em psicologia na Universidade de Harvard, Daniel Schacter é professor de psicologia na Universidade de Harvard. Ambos veicularam sua pesquisa no Current Directions in Psychological Science, a segunda publicação mais antiga da Association for Psychological Science e depois reverberaram o tema num artigo para o jornal Los Angeles Times.

A dupla lembra que falsidades têm 70% mais probabilidade de serem retuitadas do que a verdade. E que quanto mais velho o internauta, maior o envolvimento com as notícias falsas. Durante a campanha presidencial de 2016, os usuários do Facebook com mais de 65 anos compartilharam quase sete vezes mais artigos de sites de notícias falsos do que os usuários jovens. Embora normalmente esse fato seja vinculado ao declínio cognitivo, Brashier e Schacter concluíram que os adultos mais velhos espalhar desinformação por outros motivos.

A memória episódica – atinge o pico por volta dos 20 e 30 anos e depois diminui e em consequência, os mais velhos podem esquecer de detalhes contextuais, pouco importando, por exemplo, se uma história foi publicada pelo Wall Street Journal ou pelo Daily Buzz Live (um site de notícias falsas).

Mas os psicólogos ressaltam que nem tudo decai com a idade e atestam que jovens e velhos acreditam nas afirmações repetidas porque se sentem “fluentes” ou fáceis de entender. “Repetir uma manchete falsa várias vezes na internet ” – alertam – “cria uma ‘ilusão da verdade” que pode enganar tanto os adultos jovens quanto os mais velhos”.

Há ainda processos cognitivos que melhoram com a idade e que poderiam neutralizar essas vulnerabilidades.
“Os adultos mais velhos acumulam uma vida inteira de conhecimento sobre o mundo, o que pode protegê-los da desinformação. Repetir declarações falsas como ‘o animal terrestre mais rápido é o leopardo’, pode enganar os adultos jovens, mas não os mais velhos. Eles se apegam ao que sabem e, se houver, podem discernir melhor as manchetes reais das falsas fora de um ambiente de mídia social.”

Outra possibilidade seria a de que a facilidade de difundir fake news por causa do isolamento dos idosos, que contribuiria para promover o compartilhamento online. Mas os dois psicológicos ressaltam que adultos mais velhos não são a faixa etária mais solitária e que os picos de solidão ocorrem no final dos vinte anos, em meado dos cinquenta e no fim dos oitenta anos.

O problema é que embora a confiança geral aumente com a idade, a capacidade de detectar mentirosos diminui. “Os adultos mais velhos também priorizam objetivos interpessoais, como entreter o público, em detrimento da precisão ao transmitir informações. Combinadas, essas mudanças sociais podem aumentar o apelo de conteúdo falso, especialmente entre os adultos mais velhos que são novos na internet.”

Os números são claros: há dez anos, apenas 8% dos americanos com mais de 65 anos usavam um site de mídia social. Hoje, esse número chega a 40%. “Esses usuários mais velhos provavelmente têm menos experiência com conteúdo sensacionalista. Eles também tendem a misturar anúncios nativos, projetados para parecerem histórias “reais”, com artigos de notícias e não conseguem detectar imagens manipuladas.”

Quanto mais sofisticadas são as técnicas dos produtores de fake news, pior fica a situação. Mas os dois psicólogos dizem que há maneiras dos mais velhos reduzirem a influência social e preencherem as lacunas de sua alfabetização digital. “Eles precisam exercer ceticismo, mesmo quando as notícias vêm de um amigo de confiança. Eles também podem se proteger fazendo cursos gratuitos de avaliação de notícias e aprendendo o básico das mídias sociais. Mas antes antes de tomar medidas proativas, os adultos mais velhos precisam estar cientes de que esse é um problema sério”.

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Colete pode substituir musculação para evitar perda óssea de idosos em dieta https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/08/colete-com-pesos-pode-substituir-musculacao-para-evitar-perda-ossea-de-idosos-em-dieta/ https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/08/colete-com-pesos-pode-substituir-musculacao-para-evitar-perda-ossea-de-idosos-em-dieta/#respond Sat, 08 Feb 2020 12:01:58 +0000 https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/colete.-jpg-320x215.jpg https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/?p=391 Quem nunca sonhou, ao repetir dúzias de vezes o mesmo movimento erguendo halteres ou numa dessas máquinas de academia, com uma maneira menos chata e cansativa de se exercitar? Pois um novo estudo está sendo preparado nos Estados Unidos para checar o efeito do uso frequente de um colete com pesos por seis horas ao dia, entre obesos em dieta para emagrecer.

Os pesquisadores da Universidade de Wake Forest, na cidade de Winston-Salem na Carolina do Norte, irão acompanhar, até abril de 2024, 192 pessoas obesas entre 60 e 85 anos, divididas em três grupos: os que só faziam dieta, os que combinaram dieta e exercícios e os que usaram coletes com pesos por pelo menos seis horas. A hipótese a ser testada é que os coletes podem contrabalançar o risco de perda óssea e de fraturas de quadril, pelve, braço ou ombro, tanto quanto levantar pesos regularmente.

A doutora Kristen M. Beavers, que lidera o estudo, afirmou num comunicado que adoraria ver velhinhos e velhinhas se exercitando, mas reconheceu que eles simplesmente não fazem isso. Usar um colete com bolsos que podem conter pesos do tamanho de uma peça de dominó, pesando 50 gramas cada seria potencialmente tão eficaz quanto a musculação. E ainda tem a vantagem de evitar o gasto com a academia ou mesmo o deslocamento até lá.

Um estudo piloto desenvolvido pela doutora Jessica L. Kelleber na mesma universidade, como parte de sua tese de mestrado foi publicado no Journal of Osteoporosis and Physical Activity em 2017. Vinte adultos obesos receberam uma dieta diária de 1100 a 1300 calorias durante 22 semanas. Outros 17 pacientes combinaram a mesma dieta com o uso de coletes salva-vidas por até dez horas por dia. Os participantes tinham uma idade média de 70 anos, eram principalmente mulheres (79%) e tinham um peso médio de 97 quilos. Em cada grupo, aproximadamente 89% dos participantes completaram o estudo e perderam uma média de aproximadamente 11 quilos.

Os usuários de coletes tiveram um aumento da fosfatose alcalina e uma menor perda de densidade mineral do osso do quadril, em relação aos que só fizeram dieta, mas a amostra era pequena demais para que os resultados fossem conclusivos. Por isso, o novo estudo.

Os coletes que serão usados na nova pesquisa pesam perto de um quilo, podem ser usado sob a roupa e permitem amplitude total de movimento. Seu peso pode ser ampliado à medida em que o participante emagrece. Custam 150 dólares cada e devem ser usados por até oito horas por dia durante um ano. O estudo é financiado por uma doação de quase três milhões de dólares do Instituto Nacional do Envelhecimento.

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Estudo comprova relação entre massa muscular e doenças cardiovasculares na velhice https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/01/estudo-comprova-relacao-entre-massa-muscular-e-doencas-cardiovasculares-na-velhice/ https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/01/estudo-comprova-relacao-entre-massa-muscular-e-doencas-cardiovasculares-na-velhice/#respond Sat, 01 Feb 2020 13:30:36 +0000 https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/velho-halteres-320x215.jpeg https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/?p=384 Está em qualquer manual da boa velhice: quem quer envelhecer melhor deve procurar manter a massa muscular, que diminui com a idade. E para isso, o remédio é exercício. Agora, uma nova pesquisa comprova o quanto a massa muscular esquelética (SMM em inglês) é inversamente proporcional à condição cardiológica e ao processo de envelhecimento. Mais massa muscular, menos risco de doenças coronarianas. A afirmação se apóia em um estudo que envolveu 1019 gregos adultos com mais de 45 e identificou entre eles os que tinham desenvolvido doença cardiovascular.

A vantagem é grande: homens que entram na meia-idade com bastante massa muscular reduzem o risco de doenças cardíacas em até 81%. No artigo, publicado na edição de janeiro do Journal of Epidemiology and Community Health, um grupo internacional de cientistas apresentou o resultado de uma análise aprofundada dos dados de um conhecido estudo em andamento na Grécia. O estudo ATTICA é uma pesquisa em saúde e nutrição que realizada na província de Attica (com 78% de áreas urbanas e 22% de áreas rurais, incluindo Atenas). A amostragem foi aleatória, de vários estágios e com base na distribuição cidade/gênero/idade da província de Ática, fornecida pelo Serviço Nacional de Estatística, dentro do censo de 2001 e apenas um participante por domicílio foi selecionado. De maio de 2001 a agosto de 2002, 3355 habitantes foram escolhidos aleatoriamente. Entre eles, 2282 (taxa de participação de 68%) concordaram em participar e fornecer amostras de sangue para análises bioquímicas e genéticas, além de todas as informações sociodemográficas, de estilo de vida e médicas solicitadas, incluindo avaliação psicológica.

Nenhum participante tinha evidências clínicas de doenças cardiovasculares ou outras doenças ateroscleróticas, ou infecções virais crônicas. A amostra de trabalho do estudo agora publicado foi composta por 1019 participantes, com mais de 45 anos (534 homens e 485 mulheres). Para medir a massa muscular, os pesquisadores criaram um índice de massa muscular esquelética (SMI).

Dez anos depois, os participantes voltaram ao laboratório para nova rodada de testes, focados em sua saúde cardiovascular. Quase 27% dos participantes, tinham doenças cardíacas e a incidência era seis vezes maior entre os homens. Mas o importante é que a massa muscular das pessoas no início do estudo estava relacionada diretamente à incidência de doenças cardíacas. A turma com problemas no coração, como dizemos popularmente, era formada principalmente pelo pessoal com baixo SMI. Essa associação permaneceu significativa quando os cientistas controlaram a dieta, a educação e a atividade física das pessoas, mas não quando analisaram o gênero. A massa muscular das mulheres não foi associada a riscos posteriores de doenças cardíacas, em grande parte porque poucas mulheres desenvolveram doenças cardíacas. Em geral, as mulheres tendem a ter doenças cardíacas cerca de 10 anos depois que os homens.

O músculo esquelético fornece a força e o poder que precisamos para compreender, alcançar, elevar e caminhar e é um dos tecidos mais versáteis e ativos do corpo. Também é essencial para nossa saúde metabólica, consumindo e armazenando açúcar no sangue e produzindo hormônios especializados que chegam a outros tecidos, como o cérebro e as células adiposas, onde iniciam vários processos bioquímicos.

Nossa massa muscular diminui à medida que envelhecemos. Essa perda começa por volta dos 40 anos, se acelera à medida que passamos pela meia-idade e não provoca apenas aquele balanço desagradável do bíceps pendurado, quando acenamos para o netinho. A perda muscular grave, conhecida como sarcopenia, está associada a fragilidade e outras condições médicas em idosos, além de perda de independência e morte prematura.

A boa notícia é que quem se exercita regularmente e tiver o índice SMI mais alto, tem menos chance de desenvolver doenças cardiovasculares. Infelizmente, o estudo não é capaz de dizer o quanto adianta muito um velhinho se inscrever numa academia ou comprar um par de halteres aos 67 anos. Não para virar um Adonis da melhor idade (já que falamos de Grécia), mas para garantir que seu sistema cardiovascular vai seguir operando.

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Velhos de hoje são mais narcisistas que as novas gerações https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/01/19/velhos-de-hoje-sao-mais-narcisistas-que-as-novas-geracoes/ https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/01/19/velhos-de-hoje-sao-mais-narcisistas-que-as-novas-geracoes/#respond Sun, 19 Jan 2020 13:04:05 +0000 https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/21944977911_64d438e20e_w-320x215.jpg https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/?p=369 Mais um mito que as pesquisa sacodem: os jovens de hoje são mais narcisistas que os baby boomers, agora virando velhos? William Chopik, professor associado da Michigan State University, analisou quase 750 pessoas com idades entre 13 e 70 anos antes de concluir que não – são os velhinhos de hoje. O artigo que resume a pesquisa, publicado na revista Psychology and Aging repercutiu na mídia no finalzinho do ano passado.

Para ser preciso, o estudo analisou as respostas de 747 participantes (72,3% do sexo feminino) entre os 13 e os 77 anos de idade, em 6 amostras de participantes nascidas entre 1923 e 1969.

“Uma das descobertas mais surpreendentes”, afirmou Chopik, “foi que -também ao contrário do que muitas pessoas pensam -os indivíduos que nasceram no início do século começaram com níveis mais altos de hipersensibilidade, ou o tipo de narcisismo em que as pessoas também estão cheias de si mesmas. como vontade, que é a tendência de impor opiniões a outros.”

“À medida que você envelhece, cria novos relacionamentos, tem novas experiências, inicia uma família e assim por diante. Todos esses fatores fazem alguém perceber que não é ‘tudo sobre eles'”, declarou Chopik, na ocasião.

Uma das dificuldades de entender a questão era a falta de informações básicas sobre como o narcisismo muda ao longo da vida adulta. As pesquisas anteriores baseavam-se em amostras transversais, ou investigavam apenas grupos, como os universitários. Chopik cruzou dados de uma amostra mais ampla e chegou a resultados bem diferentes.

Ainda que vá se dando uma redução gradativaAo longo da vida, o grau de narcisismo é relativamente estável. De um modo geral, as características associadas ao narcisismo, como a empáfia, a sensibilidade às críticas e a mania de impor sua opinião aos outros, diminuem com o tempo e com a idade.

Chopik arrisca um palpite sobre a razão para esse surto narcísico entre os baby boomers -e que nada tem a ver com a história de Dorian Gray: o fato de terem crescido em uma época em que o governo concedia “privilégios” como a previdência social. O estudo pretende distinguir o narcisismo como um defeito neurológico e o narcisismo como uma falha de desenvolvimento ainda a ser atendida.

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Consumo de chá pode prevenir depressão, aponta pesquisa com chineses idosos https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/01/12/consumo-de-cha-pode-prevenir-depressao-aponta-pesquisa-com-chineses-idosos/ https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/01/12/consumo-de-cha-pode-prevenir-depressao-aponta-pesquisa-com-chineses-idosos/#respond Sun, 12 Jan 2020 12:50:44 +0000 https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/cha--320x215.jpeg https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/?p=364 O consumo diário consistente de chá previne os sintomas da depressão constatou um recente estudo que envolveu dados de mais de 13 mil chineses idosos. Na divisão por idade e sexo, os pesquisadores constataram que a associação entre beber chá e sintomas menos depressivos só era significativa entre homens na faixa de 65 a 79 anos.

O trabalho está publicado no BMC Geriatrics, uma revista de acesso aberto que publica artigos científicos. Feng Qiushi, professor associado da Sociologia da Universidade Nacional de Cingapura que liderou a equipe, é cauteloso diante desses resultados e sugere que novos estudos sejam realizados.

Ao analisar os dados de 13 mil chineses envolvidos na Pesquisa Longitudinal Saudável e Longevidade Chinesa (CLHLS), que abrange o período de 2005 a 2014, a equipe liderada por Qiushi levou em consideração idade, sexo, residência, escolaridade, estado civil e tipo de aposentadoria dos idosos. Os pesquisadores consideraram ainda o estilo de vida e as condições de saúde antes de calcular seus resultados, identificando se os idosos fumavam ou consumiam álcool, eram ativos e qual a condição cognitiva dos participantes. Calcularam até mesmo o engajamento social deles.

O consumo de chá não foi a única variável relacionada à menor presença de sintomas depressivos: vida urbana, nível de escolaridade, estado civil, adequação econômica, melhor saúde e envolvimento em atividades sociais também se relacionavam a sintomas menos depressivos.

O consumo de chá é maior entre os homens que vivem nas cidades e tem maior escolaridade. Os bebedores de chá tendem a fumar e beber, mas tem um melhor funcionamento físico e cognitivo e são mais envolvidos socialmente.

Conclusão: “Beber chá consistente e frequente pode efetivamente reduzir o risco de sintomas depressivos para idosos chineses. A promoção do estilo de vida tradicional de beber chá pode ser uma maneira econômica para o envelhecimento saudável da China.” A pesquisa sobre os dados chineses vai agora distinguir os diversos tipos de chá, na tentativa de identificar o que funciona mais contra a depressão.

Resultados similares já tinham sido identificados em outra pesquisa de menor escala, realizada em 2017. Feng Lei, professor assistente no departamento de medicina psicológica da Universidade Nacional de Cingapura e sua equipe publicaram um artigo no Journal of Prevention of Alzheimer’s Disease.

O estudo longitudinal envolveu 957 idosos chineses com 55 anos ou mais descobriu que o consumo regular de chá reduz o risco de declínio cognitivo em idosos em 50%, enquanto portadores do gene APOE e4 (geneticamente propensos a desenvolver a doença de Alzheimer) podem experimentar uma redução do risco de comprometimento cognitivo em até 86%.

Os benefícios a longo prazo do consumo de chá se devem aos compostos bioativos nas folhas de chá que tem potencial anti-inflamatório e antioxidante e outras propriedades bioativas que podem proteger o cérebro de danos vasculares e neurodegeneração.

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Hidratação deve ser preocupação para idosos, aponta estudo inglês https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/01/07/hidratacao-deve-ser-preocupacao-para-idosos-aponta-estudo-ingles/ https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2020/01/07/hidratacao-deve-ser-preocupacao-para-idosos-aponta-estudo-ingles/#respond Tue, 07 Jan 2020 14:22:44 +0000 https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/hand-human-woman-adult-320x215.jpg https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/?p=358 Beba líquidos – água, suco, leite – mesmo que não tenha sede. Essa é a principal recomendação que emana de um estudo científico realizado no Reino Unido, cujos resultados acabam de ser publicados na revista Age and Ageing.
Depois de entrevistar em profundidade nove cuidadores informais e 24 idosos em risco de desnutrição e desidratação, um grupo de pesquisadores ligados ao Departamento de Cuidados Primários e Saúde da População do University College, de Londres, chegou à conclusão de que a saúde dos idosos pode se beneficiar, se forem instados a beber líquidos, ainda que não tenham sede.

A promoção da hidratação deve ser, portanto, incorporada ao atendimento de pessoas idosas com necessidades mais complexas, sugerem os cientistas ingleses.

Não foi identificado um padrão de consumo de líquido comum entre os entrevistados. Alguns bebem muito pouco, outros se hidratam mais. Uma mulher com mais de 75 anos admitiu que tomava apenas um copo de cerveja por dia. Outra, de mais de 90 anos, reconheceu que deveria beber mais líquido, já que todos sugeriam que ela fizesse isso, mas no dia da entrevista bebera apenas duas xícaras de café preto. Outros identificaram a importância da hidratação, como um homem identificado como OP7, que afirmou beber o máximo que consegue.

O estudo também constatou que o álcool contribui com uma proporção significativa da ingestão de líquidos, refletindo os hábitos de consumo dos idosos. Chopp e cerveja são hidratantes e, admitem os pesquisadores que seu consumo é aceito pelos adultos mais velhos que não precisam restringir o uso de álcool por razões médicas. Os entrevistados de maior renda associam essas bebidas a atividades sociais, deixando de atentar para os riscos associados ao álcool.

Entre os motivos alegados para a diminuição do consumo de líquidos estão a falta de sede, o temor da incontinência urinária, o difícil acesso a banheiros públicos e a redução do apetite. Alguns atribuíram a falta de motivação para se hidratar à redução da mobilidade.

Os pesquisadores sugerem que sejam desenvolvidos programas de apoio à hidratação dos idosos, em vez de apenas indicar que é preciso beber entre 1.5 e 2 litros de água por dia e de intensificar tais recomendações nos períodos mais quentes do ano. O estudo também constatou que quase todos os participantes estavam abertos a receber apoio para manter a ingestão de líquidos, como forma de evitar a desidratação e seus efeitos prejudiciais. Apesar disso, foram poucos os entrevistados que afirmaram ter conversado sobre o assunto com médicos.

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Duas novas pesquisas contestam epidemia de solidão entre idosos https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/26/duas-novas-pesquisas-contestam-epidemia-de-solidao-entre-idosos/ https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/26/duas-novas-pesquisas-contestam-epidemia-de-solidao-entre-idosos/#respond Thu, 26 Dec 2019 19:11:18 +0000 https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/woman-3188744_1280-320x215.jpg https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/?p=353 Idosos, hoje, têm menos probabilidade de enfrentar uma vida de solidão do que teriam 20 anos atrás, mostraram pesquisas recentes realizadas na Europa e nos Estados Unidos. ambos os estudos envolvem um grande número de pessoas e foram realizados num prazo dilatado e os resultados não são muito diferentes.

A partir dos dados de um estudo de longo prazo realizado entre 4.880 holandeses com 55 anos ou mais, entre 1992 e 2016, Bianca Suanet e Theo van Tilburg chegaram a conclusões que contrariam o lugar comum sobre o assunto. O trabalho apoiado pela Universidade de Tiburg e publicado no jornal Psicology and Aging, reconhece que a solidão aumenta com a idade, mas constata que nos grupos que nasceram mais recentemente, ela é menos impactante.

O estudo Psicologia e envelhecimento indica que os idosos têm mais parceiros, têm mais contatos diários e desfrutam de uma rede maior e mais variada de amigos. A individualização não seria, necessariamente, um fator para a solidão. ‘Essa é uma descoberta importante, porque significa que podemos encontrar outras maneiras de combater a solidão. Uma saída ocasional e noites de bingo provavelmente têm menos efeito do que um curso para ensinar idosos solitários a fazer novos contatos e ampliar as amizades existentes.”

Conclusão da dupla: não existe a epidemia de solidão que a mídia costuma destacar. Os idosos estão se tornando menos solitários, mas o problema aumenta eem termos coletivos, já que maiores de 75 anos tem maior probabilidade de ficarem solitários porque parceiros e parentes morrem.

Bianca Suanet recomenda que os idosos cultivem conscientemente seus laços sociais, fazendo amigos que possam ajudá-los a superar a crescente solidão à medida que envelhecem. Sugere ainda que as intervenções para reduzir a solidão se concentrem em reforçar os sentimentos de controle dos idosos, em vez de apenas oferecer atividades sociais.

“As pessoas devem gerenciar suas vidas sociais hoje melhor do que nunca, já que as comunidades tradicionais, que ofereciam meios sociais, como bairros, igrejas e famílias extensas, perderam força nas últimas décadas”, diz a pesquisadora holandesa. “Hoje, os idosos precisam desenvolver habilidades de resolução de problemas e definição de objetivos para manter relacionamentos satisfatórios e reduzir a solidão”.

Na mesma linha segue o estudo realizado pela doutora Louise C.Hawkley, do National Opinion Research Center, uma das maiores organizações independentes de pesquisa social dos Estados Unidos, ligada à Universidade de Chicago e também publicado no jornal Psicology and Aging. Ela e alguns colegas vasculharam os dados de duas pesquisas com idosos, a do National Social Life, Health and Aging Project e a do Health and Retirement Study, para comparar três grupos de adultos norte-americanos nascidos em períodos diferentes ao longo do século XX.

Os dados de 3.005 adultos nascidos entre 1920 e 1947 foram analisados entre 2005 e 2006. Nova rodada de interpretação, agora de 3.377 pessoas – incluindo aas que estavam vivas e tinham participado do primeiro estudo – foram checados entre 2010 e 2011. A terceira pesquisa, de 2015 a 2016, envolveu 4.777 adultos, que incluíram uma amostra adicional de adultos nascidos entre 1948 e 1965 aos respondentes sobreviventes das duas pesquisas anteriores.

O objetivo era examinar o estado civil, número de membros da família, nível educacional, saúde geral e grau de solidão dos participantes, criando uma escala de ruim a excelente. Eles descobriram que a solidão diminuiu entre as idades de 50 e 74, mas aumentou após os 75 anos, mas não houve diferença na solidão entre os baby boomers e os adultos com idades semelhantes das gerações anteriores.

“Os níveis de solidão podem ter diminuído para adultos entre 50 e 74 anos, porque eles tiveram melhores oportunidades educacionais, assistência médica e relações sociais do que as gerações anteriores”, disse Hawkley.

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Medicamentos contra Alzheimer podem retardar envelhecimento https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/20/medicamentos-contra-alzheimer-podem-retardar-envelhecimento/ https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/20/medicamentos-contra-alzheimer-podem-retardar-envelhecimento/#respond Fri, 20 Dec 2019 11:27:54 +0000 https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/Salk_Institute2-320x215.jpg https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/?p=348 Dois medicamentos que vem sendo estudados para combater a doença de Alzheimer, que ainda nem tem nome – são conhecidos como CMS121 e J147 – foram testados em camundongos mais velhos e bloquearam os danos às células cerebrais que ocorrem normalmente durante o envelhecimento. Os medicamentos já tinham demonstrado capacidade de melhorar a memória e retardar a degeneração das células cerebrais em testes com os mesmos animais.

A pesquisa, realizada pela equipe do Salk Institute for Biological Studies, uma organização independente sem fins lucrativos sediada em La Jolla, na Califórnia e que reune seis prêmios Nobel, foi publicada no mês passado na revista eLife e indica que esses protótipos poderão ser usados no tratamento de outras condições. Antonio Currais, da equipe da Salk e autor principal do artigo reconheceu que tem sido neglicenciada a eficácia dos medicamentos anti-Alzheimer em relação ao combate ao envelhecimento.

Embora a velhice seja o maior fator de risco para a doença de Alzheimer – acima dos 65 anos, o risco de uma pessoa desenvolver a doença dobra a cada cinco anos, os pesquisadores ainda não sabem o que acontece no cérebro, exatamente, em nível molecular, para a doença de Alzheimer se instale.

O Salk Institute atua hoje em 54 países, tem 580 patentes e reúne seis prêmios Nobel. Começou a surgir em 1957, quando Jonas Salk, que já desenvolvera a primeira vacina segura e eficaz contra a poliomielite, decidiu criar um ambiente colaborativo onde os pesquisadores pudessem explorar os princípios básicos da vida e estudar as consequências de suas descobertas para o futuro da humanidade.

Ao lado da cidade de San Diego, num terreno de quatro hectares, o arquiteto Louis Kahn projetou um centro de pesquisa moderno e belo, nas palavras dele, ï uma instalação digna de uma visita de Picasso.” Com o apoio financeiro da Fundação Nacional / March of Dimes, o Instituto Salk de Estudos Biológicos abriu suas portas em 1963.
As principais áreas de estudo são envelhecimento e medicina regenerativa, biologia do câncer, biologia do sistema imunológico, metabolismo e diabetes, distúrbios neuro-científicos e neurológicos e biologia vegetal.

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Droga que combate Alzheimer volta à cena como nova promessa https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/05/droga-que-combate-alzheimer-volta-a-cena-como-nova-promessa/ https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/05/droga-que-combate-alzheimer-volta-a-cena-como-nova-promessa/#respond Thu, 05 Dec 2019 21:42:38 +0000 https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/458px-PET_Alzheimer-320x215.jpg https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/?p=337 A atração de mais recente reunião de cientistas em San Diego, na Califórnia, foi a ressurreição de uma droga que tinha sido posta de lado depois de um investimento milionário e que pode se tornar o primeiro medicamento eficaz contra o mal de Alzheimer. Isso aconteceu nesta quinta-feira, na conferência Clinical Trials on Alzheimer’s Disease, quando a Biogen, uma empresa de biotecnologia sediada em Cambrigde, Massachusetts, exibiu informações incompreensíveis para nós, leigos, mas que atestam a retomada da esperança no aducanumabe.

Trata-se de um anticorpo monoclonal humano que era visto como a grande esperança científica até o início do ano, quando a Biogen e sua parceira, a Eisai, anunciaram que descontinuariam os testes com o produto. As ações da companhia despencaram 29% e parecia tudo perdido.

Mas ciência tem dessas coisas: os pesquisadores resolveram experimentar doses mais elevadas do medicamento em pacientes com comprometimento cognitivo leve ou doença de Alzheimer precoce e os resultados foram animadores.

Stephen Salloway, diretor de Neurologia e do Programa de Memória e Envelhecimento do Hospital Butler, em Providence, Rhode Island, disse num painel da conferência que isso abre uma “era de precisão para a doença de Alzheimer”. Salloway, que também é professor da Brown University ressaltou que a dose é a chave do tratamento.

Sharon Cohen, diretora médica e pesquisadora-chefe do Programa de Memória de Toronto, foi além e classificou a apresentação de “emocionante” – adjetivo nem sempre aplicado a esse tipo de evento. Mas a doutora Cohen justificou para a Bloomberg: “As pessoas ainda conseguem trabalhar, fazer compras, viajar. E isso importa muito mais para nossos pacientes do que a pontuação obtida em um teste de memória”.

Emocionados também devem ter ficado os acionistas da Biogen, que nos últimos três anos investiu 743 milhões de dólares na pesquisa e desenvolvimento do aducanumabe e mais 93 milhões em vendas e marketing.

A Bloomberg acrescentou um alerta de que os resultados são insuficientes para garantir a aprovação do medicamento, mas recomendam nova fase de pesquisa. De todo modo, para os portadores do mal de Alzheimer ou seus familiares, uma boa nova.

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Baralho e jogos de tabuleiro servem como exercício para cérebro de idosos https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/29/baralho-e-jogos-de-tabuleiro-servem-como-exercicio-para-cerebro-de-idosos/ https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/29/baralho-e-jogos-de-tabuleiro-servem-como-exercicio-para-cerebro-de-idosos/#respond Fri, 29 Nov 2019 12:45:46 +0000 https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/cartas--320x215.jpeg https://emtempo.blogfolha.uol.com.br/?p=332 Pesquisadores da Universidade de Edinburgo, na Escócia, acompanharam idosos acima dos 70 anos por quase uma década e constataram que aqueles que costumavam jogar baralho ou jogos de tabuleiro tiveram melhores resultados em testes de memória e raciocínio.

O estudo também descobriu que mesmo as mudanças tardias de comportamento podem fazer diferença – os que aumentaram a frequência com que jogavam após os 70 anos registraram maior probabilidade de manter certas habilidades cognitivas. Foram testados pelos psicólogos da Universidade mais de mil pessoas, repetindo-se os testes de três em três anos, até os 79.

O grupo também foi questionado sobre com que frequência jogavam jogos como cartas, xadrez, bingo ou palavras cruzadas. Os resultados foram acomodados em modelos estatísticos para analisar a relação entre o nível de jogo de uma pessoa e suas habilidades de pensamento.

Para ter um termo de comparação, a equipe utilizou os resultados de um teste de inteligência realizado pelos participantes aos 11 anos de idade. Os participantes tinham participado do estudo Lothian Birth Cohort 1936 e outro grupo de indivíduos, nascido em 1936, que participara do Scottish Mental Survey de 1947.

Para o dr. Drew Altschul, da Escola de Filosofia, Psicologia e Ciências da Linguagem da Universidade de Edimburgo, as descobertas indicam que praticar jogos não digitais pode ser “um comportamento positivo em termos de redução do declínio cognitivo.”

O professor Ian Deary, diretor do Centro de Envelhecimento Cognitivo e Epidemiologia Cognitiva (CCACE) da Universidade de Edimburgo, foi mais específico: “Nós e outros estamos restringindo os tipos de atividades que podem ajudar a manter as pessoas afiadas na terceira idade. Em nossa amostra, parece que não é apenas uma atividade intelectual e social geral, é algo nesse grupo de jogos que tem essa associação pequena, mas detectável, com melhor envelhecimento cognitivo. Seria bom descobrir se alguns desses jogos são mais potentes que outros Também apontamos que várias outras coisas estão relacionadas ao melhor envelhecimento cognitivo, como estar fisicamente apto e não fumar.”

Os cientistas recomendam sete atitudes que podem melhorar sua capacidade mental ao envelhecer:

1. Mantenha-se mentalmente ativo. Faça palavras cruzadas ou jogue baralho. Ao dirigir não repita sempre o mesmo caminho. Aprenda um instrumento musical. Atue como voluntário em alguma instituição.

2. Socialize regularmente. Valorize as oportunidades de se reunir com entes queridos, amigos e outras pessoas, especialmente se mora sozinho.

3. Organize-se. É mais fácil esquecer as coisas quando a casa estiver cheia de bugigangas e suas anotações não estiverem organizadas. Anote tarefas, compromissos e outros eventos em um caderno, calendário ou no celular. Pode até repetir cada tarefa em voz alta enquanto anota, para reforçar a memória. Tenha listas de tarefas e marque os itens que você concluiu. Separe um local para sua carteira, chaves e outros itens essenciais.

4. Durma bem. Transforme dormir o suficiente em prioridade. A maioria dos adultos precisa de sete a nove horas de sono por dia.

5. Mantenha uma dieta saudável. Procure comer frutas, legumes e grãos integrais. Escolha fontes de proteína com baixo teor de gordura, como peixe, carne magra e aves sem pele. O que você bebe também conta. Muito álcool pode causar confusão e perda de memória.

6. Inclua atividade física em sua rotina. Os especialistas recomendam pelo menos 150 minutos por semana de atividade aeróbica moderada, como caminhada rápida, ou 75 minutos por semana de atividade aeróbica vigorosa, como corrida, de preferência espalhados por toda a semana. Se você não tiver tempo para um treino completo, faça algumas caminhadas de 10 minutos ao longo do dia.

7. Gerencie suas condições crônicas. Siga as recomendações de tratamento do seu médico para qualquer condição crônica, como depressão, pressão alta, colesterol alto, diabetes e problemas renais ou da tireóide. Quanto melhor você se cuidar, melhor será sua memória. Além disso, revise seus medicamentos com seu médico regularmente. Vários medicamentos podem afetar a memória.

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